10 TENDÊNCIAS DE CONSUMO PARA O SETOR FOOD SERVICE E A INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA EM 2023

Como todos os anos, a Innova Market Insights publicou seu relatório sobre as principais tendências de consumo para a indústria de alimentos e bebidas. Na Winterhalter, estamos conscientes da importância de conhecer os desejos e interesses dos consumidores para estar na vanguarda das tendências da gastronomia e oferecer a melhor experiência. Portanto, preparamos este artigo abrangente onde você encontrará as 10 tendências de consumo que terão impacto na indústria de alimentos e bebidas e no setor Horeca em 2023.

Em seu relatório mais recente, Innova Market Insights analisou todos os fatores que influenciam o comportamento do consumidor a fim de compreender quais são os interesses, as expectativas e os principais aspectos que motivam a compra. Aqui estão as 10 principais tendências de consumo para o setor Horeca e a indústria alimentícia. 

3. Redefinindo valor

Não há dúvida de que a saúde do planeta continua a ser a questão número um em todo o mundo, e os consumidores estão cada vez mais conscientes disso.  De acordo com pesquisas conduzidas pela  Innova Market Insights, os consumidores estão cada vez mais ativos em termos de consciência ambiental e, portanto, estão preocupados em tomar medidas para reduzir sua pegada de carbono e cuidar do planeta.

Comentando essa tendência, Lu Ann Williams, diretora da Global Insights na Innova Market Insights, diz: “Redefinir o valor em toda a indústria de alimentos e bebidas será um dos principais desafios para 2023. Os consumidores de hoje estão procurando marcas que escutem, compreendam e respondam a seus valores essenciais. Eles querem marcas que ofereçam qualidade e confiança através de seus produtos, comunicações e esforços de sustentabilidade mais amplos”.

2. Nutrição acessível  

Os consumidores estão ficando mais inteligentes sobre suas escolhas de alimentos e bebidas. A pesquisa realizada pela Innova Market Insights revela que os consumidores estão comprando a granel, cozinhando cada vez mais e reduzindo seus gastos com itens de luxo ou desnecessários. O aumento dos preços e o crescente interesse em hábitos de vida saudáveis estimularam o interesse dos consumidores em adquirir alimentos nutritivos a preços competitivos.  De acordo com o Innova Market Insights, os consumidores entrevistados pensam que o desenvolvimento da indústria alimentícia deve ser impulsionado por: 

• Saúde (41%); 
• Acessibilidade (30%); 
• Origem Natural (28%). 

Lu Ann Williams, diretora da Global Insights, comenta: “Para atender às exigências nutricionais, ambientais e econômicas dos consumidores, os fabricantes devem inovar para extrair o máximo valor das matérias primas e do processo de produção”.

3. Empurrão geracional: interação com os consumidores 

Cada geração é caracterizada por um estilo de vida e uma maneira de pensar diferente. É por isso que cada geração tem interesses e expectativas distintos. Segundo a Innova, a Geração Z e os Millennials estão procurando alimentos e bebidas que estejam em sintonia com seu estilo de vida, crenças e valores. As gerações mais antigas estão procurando produtos de origem natural e orgânica. O que é mais interessante sobre essa pesquisa é que todas as gerações, Boomers, Geração X, Millenialls e Gen Z, preferem alimentos saudáveis e propostas de sabores inovadores. 

Os consumidores de todas as gerações preferem alimentos e bebidas que sejam benéficos à sua saúde e que possam ser adquiridos a preços competitivos. Entretanto é importante destacar que o preço não é mais o principal fator que os consumidores levam em consideração ao fazer uma compra,  os consumidores de hoje preferem a qualidade ao preço.

Por outro lado, um aspecto que está se tornando cada vez mais relevante é o fato dos jovens consumidores serem muito mais ativos e esperarem ser capazes de interagir com as marcas e ser ouvidos. Os consumidores de hoje estão convencidos de que as marcas são responsáveis por defender valores e crenças, como o cuidado com o meio ambiente, o bem-estar animal e o trabalho justo. Portanto, está se tornando cada vez mais importante para as empresas levar em conta a opinião de seus usuários ao desenvolver produtos, sabores e estratégias.

4. Baseado em plantas: desbloqueando uma nova narrativa

Embora o mercado de alimentos e bebidas à base de plantas tenha desacelerado recentemente, o interesse dos consumidores em experimentar opções alimentares à base de plantas está crescendo. De acordo com a pesquisa do Innova Market, dois terços dos entrevistados disseram estar interessados em experimentar versões baseadas em plantas de alimentos tradicionais. 

O aumento do interesse dos consumidores por alimentos e bebidas de origem vegetal permitiu aos supermercados e cadeias de varejo oferecerem essas opções a preços iguais ou mais baixos do que os produtos de origem animal. Além disso, ingredientes alternativos e avanços tecnológicos possibilitaram inovações no desenvolvimento de alimentos e bebidas à base de plantas, ampliando a oferta e melhorando os sabores e texturas. A esse respeito, Lu Ann Williams, diretora da Global Insights, diz: “Os alimentos verdes se tornarão um setor autônomo até 2023, proporcionando às marcas uma oportunidade de diversificação e expansão”. 

5. Cultivando o futuro

As novas tecnologias e as crescentes preocupações ambientais motivaram os consumidores a querer saber mais sobre as práticas agrícolas por trás dos alimentos e bebidas que consomem. Como resultado, os consumidores estão cada vez mais interessados em saber de onde vêm os alimentos adquiridos. 

Neste ponto, é importante ter em mente que os consumidores não estão interessados apenas na qualidade do produto, mas também na sustentabilidade e em condições justas de trabalho para agricultores e camponeses. Sobre esse ponto, Lu Ann Williams, diretora de Insights & Innovation da  Innova Market Insights, diz que “as marcas devem demonstrar como as novas técnicas de produção beneficiam os agricultores, as pessoas e o planeta”.

Nos últimos anos, tem havido uma tendência para o consumo de produtos orgânicos, sustentáveis e saudáveis. Os consumidores esperam ver essas informações nos rótulos ou embalagens de alimentos e bebidas. Segundo a Innova, 69% dos consumidores globalmente preferem produtos que mencionam sua origem, se eles são orgânicos, sustentáveis e bons para a saúde. 

6. Qualidade rápida

A criatividade na cozinha floresceu durante a era pandêmica, e os consumidores agora preferem formas mais fáceis de comer saudavelmente sem investir muito tempo. Segundo o Innova, 2 em cada 3 entrevistados estão procurando por formas mais simples e convenientes de comer.

Os consumidores estão cada vez mais interessados e dispostos a participar na preparação de receitas prontas para cozinhar com ingredientes frescos, nutritivos e de bom gosto. Ao escolher produtos, como kits de refeição, os fatores decisivos para a compra são: em primeiro lugar, custo; frescor em segundo e valores nutricionais em terceiro.

7. Devorando o digital 

Os avanços tecnológicos e a cultura digital estão influenciando cada vez mais as tendências na indústria de alimentos e bebidas. As experiências interativas e o metaverso abriram a possibilidade das marcas oferecerem aos consumidores experiências de realidade aumentada nas quais a vida real encontra as experiências digitais. Segundo a Innova, misturar produtos alimentícios com experiências digitais é a chave para alcançar consumidores mais jovens. 

Você pode estar interessado em ler: 5 chaves para o futuro da digitalização e da inovação tecnológica na indústria alimentícia

8. Gastos por Impulso

Com o aumento dos preços dos alimentos e um orçamento limitado, os consumidores consideram alguns pequenos prazeres um luxo. Por essa razão, muitos consumidores estão procurando maneiras de economizar dinheiro. De acordo com a pesquisa do Innova, 3 em cada 5 consumidores estão lutando financeiramente e estão cortando no impulso e nas compras desnecessárias.

Entretanto eles também disseram que estão dispostos a fazer uma compra por impulso quando o produto tem um novo gosto ou uma proposta inovadora.  Nesse sentido,  as marcas precisam elaborar estratégias que respondam às prioridades dos consumidores e ofereçam uma experiência diferente. 

9. Entendendo a saúde

Como diz Lu Ann Williams, diretora da Insights & Innovation na Innova Market, nada impulsiona uma tendência mais rápido do que os governos. Os crescentes problemas de excesso de peso levaram a leis que obrigaram as marcas a exibir as informações nutricionais mais relevantes em seus produtos em muitos países. As mensagens de embalagem são fundamentais para os consumidores que querem saber mais sobre os nutrientes em seus alimentos e isso se tornou um fator decisivo para motivar a compra.

Cada vez mais consumidores esperam uma comunicação transparente e fácil de entender nos rótulos de alimentos e bebidas. Nos últimos anos, houve um aumento de quase 70% nos alimentos e bebidas que exibem informações nutricionais em seus rótulos, seja por causa das regulamentações governamentais ou porque as marcas as incluem voluntariamente. Segundo a Innova, essa é uma oportunidade para as marcas educarem os consumidores sobre uma alimentação saudável.

10. Positivamente imperfeito

Essa última tendência é sobre a capacidade das marcas de se comunicarem de forma transparente com os consumidores. Segundo a  Innova Market, pelo menos 3 em cada 5 consumidores ao redor do mundo dizem que sua confiança nas marcas aumenta quando elas são capazes de comunicar os desafios que estão enfrentando com seus produtos. 

Os consumidores apreciam quando uma marca os envolve em seus desafios. Uma marca não pode ser 100% perfeita e as pessoas estão cada vez mais conscientes disso. De acordo com a Innova Market, 62% dos consumidores em todo o mundo dizem que se sentem muito mais envolvidos com os desafios de sustentabilidade de uma marca quando as marcas se comunicam honestamente com seus clientes ou usuários.

Você pode estar interessado em ler Foodtech: O que é isso e como está revolucionando a indústria alimentícia?

Como o Winterhalter ajuda a incorporar as últimas tendências gastronômicas e a alcançar uma operação mais eficiente e sustentável?