AS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR: QUAIS AS CAUSAS E COMO PODEMOS EVITÁ-LAS

Como seu nome indica, as Doenças de Transmissão Alimentar (DTA), são causados por vírus ou bactérias que são ingeridos através de alimentos e bebidas contaminados. A maioria das DATs causam quadros clínicos com desconforto gastrointestinal e podem ser muito perigosas para grupos de risco como crianças menores de 5 anos, adultos acima de 60 anos, mulheres grávidas, pessoas imunocomprometidas ou doentes. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, na região das Américas a cada ano, 77 milhões de pessoas adoecem e mais de 9.000 morrem de doenças de origem alimentar. O mais preocupante é que 33 milhões são crianças menores de 5 anos, das quais mais de 2.000 morrem a cada ano. Todas estas mortes podem ser evitadas com um manuseio adequado e higiênico dos alimentos.

Tipos de doenças de origem alimentar

As doenças de origem alimentar podem ser classificadas nas seguintes categorias:

• INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Se caracterizam pela ingestão de alimentos contendo substâncias tóxicas, tais como resíduos de pesticidas ou toxinas produzidas pela decomposição do próprio alimento.

• INFECÇÃO ALIMENTAR

São caracteristicamente causadas pela ingestão de alimentos contaminados com germes patogênicos vivos ou microorganismos.

• TOXINFECÇÃO ALIMENTAR

Eles se caracterizam pela ingestão de alimentos que contém um tipo de germe patogênico que não só se reproduz como também produz toxinas. 

Este tipo de intoxicação ocorre quando tais substâncias são consumidas em quantidades que afetam a saúde. 

Quais são os sintomas mais comuns para identificar uma Doença de Transmissão Alimentar (DTA)?

Há vários fatores que devem ser levados em consideração para identificar uma Doença de Transmissão Alimentar. Primeiro, é muito importante saber que após consumir os alimentos ou bebidas pode levar horas, ou até mesmo dias antes que os primeiros sintomas apareçam. A dor ou desconforto e suas consequências dependem do agente etiológico e da quantidade que a pessoa consumiu, assim como do órgão que este microorganismo ataca. 

Os sintomas das doenças de origem alimentar podem variar de leves a muito graves. As mais comuns são as seguintes:

• Náuseas
• Vômito
• Cólicas ou cãibras de estômago
• Febre
• Diarréia 

Como identificar um surto de Doença de Transmissão Alimentar (DTA)?

Um surto de Doença de Transmissão Alimentar é uma grande preocupação no setor da Indústria de Alimentos e Food Service. O primeiro sinal de alerta ocorre quando duas ou mais pessoas apresentam sintomas semelhantes após comerem alimentos ou bebidas da mesma fonte. Quando isso ocorrer, recomenda-se o seguinte:

1. Identificar casos confirmados e possíveis casos

2.  Realizar uma descrição clínica e epidemiológica dos casos.

3. Identificar o agente etiológico e confirmar o diagnóstico com testes de laboratório.

4. Conhecer os fatores de exposição

5. Conhecer a fonte de transmissão

6. Executar medidas de controle

7. Avaliar a eficácia das medidas tomadas
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Quais são as principais causas das Doenças de Transmissão Alimentar?

As causas mais frequentes de Doenças de Transmissão Alimentar são devidas ao manuseio inadequado de alimentos durante a colheita, produção, transporte, armazenamento ou preparação. Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem mais de 250 agentes etiológicos capazes de produzir DTA, razão pela qual é essencial garantir a higiene em todos os processos que envolvem o manuseio de alimentos. As seguintes são algumas das principais causas de doenças de origem alimentar:

• Refrigeração ou congelamento indevido de alimentos. 
• Preparar os alimentos com muita antecedência ao consumo
• Armazenar alimentos de forma inadequada
• Manter os alimentos que requerem refrigeração em temperatura ambiente
• Não cozinhar alimentos por tempo suficiente 
• Contaminação cruzada 
• Ingredientes vencidos ou sem garantia
• Má higiene pessoal das pessoas envolvidas no manuseio de alimentos. 

Como prevenir Doenças de Transmissão Alimentar?

Para preservar a segurança alimentar e manter os alimentos livres de microorganismos e patógenos, as Boas Práticas de Higiene  devem ser implementadas e as cinco chaves de segurança alimentar recomendadas pela Organização Mundial da Saúde devem ser aplicadas:

1. MANTER A LIMPEZA
2. SEPARAR ALIMENTOS CRUS E COZIDOS
3. COZINHAR COMPLETAMENTE OS ALIMENTOS
4. MANTER OS ALIMENTOS EM TEMPERATURAS SEGURAS
5. USAR ÁGUA E MATÉRIA PRIMA SEGURA

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Os germes prejudiciais à saúde podem se originar e se multiplicar em áreas onde os alimentos são manuseados.  Neste sentido, todas as pessoas envolvidas em qualquer etapa da cadeia alimentar têm a responsabilidade de conhecer e implementar medidas de higiene pessoal e protocolos de manuseio de alimentos para garantir a saúde dos consumidores. 

Todas as tábuas, bandejas, mesas, panelas, pratos e utensílios utilizados para a preparação de alimentos estão em risco de contaminação, assim como louças, copos, copos, talheres e bandejas onde os alimentos são servidos ou transportados. A fim de garantir um processo de higienização correto no qual os germes são completamente neutralizados e a propagação de DTA ou vírus como a COVID-19 são evitadas, recomenda-se lavar louças e utensílios de cozinha com uma máquina de lavar-louças industrial. 

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